Alagoas

Saiba como funcionava o esquema investigado pela PF em prefeituras de Alagoas

Transferências para familiares de servidores e saques em espécie levantaram suspeitas.

Atualizado 1 mês atrás
Dinheiro apreendido pela Polícia Federal - @Reprodução
Dinheiro apreendido pela Polícia Federal - @Reprodução

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (15), em Alagoas, a Operação Pedágio Norte, com o objetivo de investigar um possível esquema de desvio de recursos públicos federais. As suspeitas recaem sobre a execução de contratos de locação de veículos firmados por prefeituras de municípios alagoanos entre os anos de 2020 e 2024.

De acordo com a PF, a ação cumpre 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Luís do Quitunde, Paripueira, Maceió e Satuba. Nessas localidades, foram identificadas movimentações financeiras consideradas suspeitas envolvendo contratos celebrados com uma empresa privada do setor de transporte e logística.

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As investigações apontam que os recursos desviados teriam sido reados pela empresa contratada para contas bancárias pertencentes a um familiar de um servidor público municipal ligado ao setor responsável pela contratação. Além disso, foram realizados saques em espécie, que, segundo a Polícia Federal, teriam como objetivo dificultar o rastreamento dos valores e ocultar a destinação final do dinheiro.

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Ainda segundo os investigadores, o esquema criminoso teria como epicentro a prefeitura de São Luís do Quitunde, mas há indícios de envolvimento também das gestões municipais de Paripueira e Satuba, além de movimentações relacionadas a órgãos da istração pública em Maceió.

Como parte da operação, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens no valor superior a R$ 8 milhões, valor que corresponde ao montante estimado dos prejuízos aos cofres públicos durante os quatro anos do contrato investigado. Também foram aplicadas medidas cautelares diversas da prisão contra os suspeitos, incluindo a proibição de manter contato entre si e de ar determinadas dependências públicas.

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Os investigados poderão ser responsabilizados pelos crimes de peculato, corrupção iva, fraude em contratos istrativos, lavagem de capitais e associação criminosa. As penas somadas podem ultraar 30 anos de reclusão.

A Polícia Federal informou que as diligências ainda estão em curso e que novas medidas poderão ser adotadas conforme o avanço das investigações. O inquérito tramita sob sigilo na Justiça Federal de Alagoas.

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