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Mauro Cid é preso pela PF por tentar fugir do Brasil com aporte irregular

Ex-ajudante de Bolsonaro, Mauro Cid é preso pela PF por suspeita de tentar deixar o país com aporte. STF revogou a prisão no mesmo dia.

Mauro Cid - Foto: Ton Molina/STF)
Mauro Cid - Foto: Ton Molina/STF)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso nesta sexta-feira (13) pela Polícia Federal, sob suspeita de tentar deixar o Brasil irregularmente. De acordo com informações iniciais da investigação, ele teria tentado ar seu aporte para uma possível fuga do país.

Cid é um dos principais réus no chamado “inquérito do golpe”, que apura uma tentativa de manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. A prisão foi realizada como medida cautelar, mas revogada poucas horas depois por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

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O episódio reacendeu a atenção sobre o papel de Mauro Cid nas articulações do núcleo bolsonarista. Ele já havia firmado acordo de delação premiada com a PF e entregou documentos e gravações que integram as investigações da tentativa de golpe.

A suspeita de tentativa de evasão levantou alertas dentro da cúpula da Polícia Federal, que agiu rapidamente diante do risco de Cid deixar o país. Apesar disso, o STF entendeu que a medida foi precipitada e revogou a prisão no mesmo dia, impondo outras medidas cautelares ainda não detalhadas.

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Gilson Machado teria articulado aporte português para Mauro Cid

Paralelamente à prisão de Cid, a Polícia Federal também deteve o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, em Recife (PE). Ele é investigado por supostamente interceder junto ao Consulado de Portugal, no dia 12 de maio de 2025, para emitir um aporte português em nome de Mauro Cid.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal enviaram ao STF um pedido de abertura de inquérito contra Machado. No documento, as instituições afirmam haver indícios claros de tentativa de facilitar a fuga de um réu da Justiça brasileira. O pedido também inclui busca e apreensão nos endereços do ex-ministro e quebra de sigilos telefônicos e telemáticos no período entre 1º de janeiro e 5 de junho de 2025.

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Cid, Bolsonaro e outros 29 acusados respondem por tentativa de golpe de Estado, segundo denúncia da PGR. A suspeita sobre a movimentação envolvendo aporte reforça a gravidade das ações atribuídas ao grupo e amplia o escopo das investigações.

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