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PM afasta sargento que matou ex-mulher a tiros e facadas em SP

O crime ocorreu no dia 7 de maio, quando o militar, fora de serviço, invadiu o local onde Amanda aguardava atendimento médico.

Atualizado 4 semanas atrás
Amanda foi assassinada pelo marido na última quarta-feira (7) | @ Reprodução
Amanda foi assassinada pelo marido na última quarta-feira (7) | @ Reprodução

O 2º sargento da Polícia Militar de São Paulo, Samir Nascimento Rodrigues de Carvalho, de 46 anos, foi afastado de suas funções por ass a tiros e facadas sua ex-esposa, Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, dentro de uma clínica de estética em Santos, no litoral paulista.

O crime ocorreu no dia 7 de maio, quando o militar, fora de serviço, invadiu o local onde Amanda aguardava atendimento médico, disparou contra ela e a filha do casal, e em seguida desferiu cerca de dez golpes de faca na vítima, que morreu no local.

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Amanda havia chegado à clínica acompanhada da filha, em estado de desespero, relatando ao médico que estava sendo ameaçada por Samir, com quem enfrentava um processo de separação.

Segundo depoimento prestado pelo profissional à Polícia Civil, a mulher afirmou que o ex-companheiro era policial, estava armado e havia prometido matá-la. O médico trancou a porta do consultório, tentou protegê-las com cadeiras como barricada e pediu que Amanda ligasse para a polícia.

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A vítima informou que uma amiga já havia feito o chamado, mas o médico insistiu. Minutos depois, a recepcionista da clínica anunciou que os policiais haviam chegado, e a porta foi parcialmente aberta – foi nesse momento que o ataque começou.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), os policiais militares que atenderam à ocorrência encontraram Amanda e a filha trancadas em uma sala, enquanto Samir, fardado e alegando estar desarmado, estava do lado de fora.

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Os agentes permitiram a abertura da porta, e o sargento entrou, sacou a arma e efetuou os disparos. Após os tiros, ele ainda usou uma faca para atingir a ex-esposa. Amanda foi encontrada com a faca cravada no pescoço e o corpo coberto de sangue. A filha, que tentou proteger a mãe, foi atingida e levada a um hospital, onde recebeu atendimento de uma equipe multidisciplinar.

O crime foi registrado como feminicídio, tentativa de homicídio e violência doméstica na Delegacia de Defesa da Mulher de Santos. O sargento foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista, e responde também a um Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para apurar a atuação dos policiais que liberaram a entrada do agressor na sala, mesmo diante dos alertas de ameaça.

Inicialmente, a ocorrência foi classificada como um caso de “desinteligência”, termo genérico usado para brigas ou discussões, o que gerou críticas sobre o tratamento dado a situações de violência doméstica.

Amanda Fernandes Carvalho era mãe de três filhos, atuava como diretora executiva da empresa Eaglefest e istrava o perfil profissional da filha, modelo mirim. Ela era formada em Logística com ênfase em transportes e em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.