Rio Largo (AL) — O senador Renan Calheiros (MDB) reagiu com veemência nesta segunda-feira (31) à tentativa de golpe político na Prefeitura de Rio Largo. Segundo ele, a falsa renúncia do prefeito Carlos Gonçalves e a consequente posse do presidente da Câmara Municipal, vereador Rogério Silva, configuram uma “fraude inominável” que precisa ser rigidamente punida.
O episódio teve início após Rogério Silva anunciar, de forma inesperada, que o prefeito teria entregado uma carta de renúncia. Sem apresentar a origem do documento, o presidente da Câmara se autoproclamou prefeito e ainda deu posse ao vice-presidente da Casa Legislativa, Rafael Feitosa, como novo chefe do Legislativo.
“Isso é um golpe! Uma fraude grosseira que afronta a democracia. Essas pessoas precisam ser severamente punidas”, declarou Renan.
O senador também levantou a suspeita de que Rogério Silva tenha participado ativamente da falsificação do documento, já que foi o principal beneficiado pela manobra.
“É evidente que ele, ao se beneficiar diretamente da suposta renúncia, pode ter sido partícipe da falsificação. Isso é inaceitável e precisa ser investigado com rigor”, completou.
Ainda na semana ada, o prefeito Carlos Gonçalves procurou o Ministério Público para denunciar a tentativa de autenticação de sua em cartórios de Rio Largo e Porto Calvo. Os documentos, segundo ele, seriam usados para validar uma falsa carta de renúncia.
Nesta segunda-feira, o gestor municipal reiterou que continua no cargo e que jamais cogitou abandonar o mandato.
“Essa carta é falsa, fruto de uma tentativa criminosa de golpe. Não renunciei e jamais renunciarei ao mandato que me foi confiado pelo povo de Rio Largo”, afirmou.
O caso provocou forte repercussão no meio político alagoano e expôs um grave conflito institucional no município. A expectativa agora é pela apuração dos fatos pelas autoridades competentes e a responsabilização dos envolvidos.
Renan Calheiros, um dos principais nomes da política alagoana, afirmou que acompanhará de perto o caso e cobrará providências das instâncias jurídicas e eleitorais.
“Não podemos permitir que a democracia seja violentada dessa forma. A verdade e a legalidade devem prevalecer”, concluiu.