Saúde

Chuvas intensificam presença de escorpiões: saiba como prevenir acidentes em casa

Com o avanço do período chuvoso em Alagoas, cresce a preocupação das autoridades de saúde quanto ao aumento de acidentes envolvendo animais peçonhentos.

Atualizado 3 semanas atrás
O veneno do escorpião amarelo é um dos mais perigosos para a saúde humana | © Reprodução
O veneno do escorpião amarelo é um dos mais perigosos para a saúde humana | © Reprodução

Com o avanço do período chuvoso em Alagoas, cresce a preocupação das autoridades de saúde quanto ao aumento de acidentes envolvendo animais peçonhentos. Em diversas regiões do estado, o volume das chuvas tem provocado o alagamento de terrenos baldios, esgotos e áreas de vegetação, o que obriga escorpiões, aranhas e até cobras a buscarem abrigo nas zonas urbanas. O resultado é uma elevação significativa nos atendimentos médicos por picadas, especialmente dentro de residências.

No município de Rio Largo, o Hospital Ib Gatto Falcão registrou, entre janeiro e 19 de maio deste ano, 145 atendimentos relacionados a acidentes com animais peçonhentos – dos quais 140 foram provocados por escorpiões-amarelos. Esses dados acendem um sinal de alerta, principalmente porque a maioria das ocorrências foi dentro de casa.

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Segundo especialistas, os escorpiões costumam se esconder em ambientes secos, escuros e com pouca movimentação. Durante as chuvas, esses animais abandonam seus habitats naturais alagados e am a procurar refúgio em áreas urbanas, como garagens, quintais, entulhos e sistemas de esgoto.

A recomendação é redobrar a atenção, principalmente com objetos que ficam guardados por longos períodos. Sapatos, toalhas, roupas de cama e utensílios de pouco uso devem ser cuidadosamente inspecionados antes do manuseio, já que são esconderijos comuns para esses animais. Outro ponto de atenção são os ralos e caixas de esgoto, que funcionam como canais de entrada para escorpiões nas residências.

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Em caso de picada, os especialistas são unânimes: o ideal é lavar o local com água e sabão e procurar atendimento médico imediato. Manifestações como dor intensa, vômitos, dificuldade para respirar, sudorese ou alterações na frequência cardíaca indicam um quadro potencialmente grave e devem ser tratadas como emergência. Além disso, práticas como aplicar torniquetes, fazer cortes no local da picada ou tentar sugar o veneno são contraindicadas e podem agravar a situação.

Outro erro comum é tentar capturar o animal para levá-lo à unidade de saúde. Apesar de compreensível, essa tentativa pode gerar novos acidentes. A orientação é, se possível, registrar uma imagem do animal com segurança e rear às autoridades de saúde ou vigilância sanitária local.

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Com a previsão de mais chuvas nas próximas semanas, a prevenção se consolida como a principal estratégia de enfrentamento ao problema. Entre as medidas recomendadas estão a vedação de ralos e frestas, limpeza frequente de quintais, descarte adequado de lixo e o uso de telas em aberturas que possam servir de agem para esses animais.