Surto de gripe preocupa o Brasil: 20 estados entram em alerta com avanço da influenza A

A chegada do período mais frio do ano acende um sinal de alerta no Brasil. Dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Boletim InfoGripe, mostram uma escalada expressiva nos casos de influenza A, vírus responsável por quadros graves de gripe e que, quando não tratado adequadamente, pode evoluir para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

O relatório, referente à semana epidemiológica 20, entre os dias 11 e 17 de maio, indica uma curva de crescimento que deve se intensificar nas próximas semanas. O aumento acende um sinal de risco para 20 estados brasileiros, incluindo unidades do Norte e Nordeste, além do Centro-Sul, onde a situação é ainda mais crítica.

Segundo a Fiocruz, a influenza A responde atualmente por 69% dos óbitos associados à SRAG em adultos, o que reforça a gravidade da situação. Crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis neste cenário, exigindo atenção redobrada das autoridades de saúde e da população.

A região Centro-Sul lidera o avanço das infecções, mas estados do Norte, que até recentemente estavam em situação estável, também aram a ser classificados em nível de risco ou alto risco. Essa piora impacta diretamente as redes hospitalares, que começam a sentir pressão por leitos, principalmente pediátricos.

Além da influenza, outro vírus que tem preocupado os especialistas é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por um aumento nas internações de crianças, especialmente aquelas com menos de dois anos. O VSR é apontado como uma das principais causas de morte em bebês nessa faixa etária no país.

Ao todo, estão em alerta os estados de:

1. Acre
2. Amazonas
3. Bahia
4. Ceará
5. Espírito Santo
6. Goiás
7. Maranhão
8. Mato Grosso
9. Mato Grosso do Sul
10. Minas Gerais
11. Paraná
12. Pará
13. Pernambuco
14. Rio Grande do Sul
15. Rio de Janeiro
16. Rondônia
17. Roraima
18. Santa Catarina
19. São Paulo
20. Tocantins

Diante desse cenário, a Fiocruz reforça a importância da vacinação, tanto contra a gripe quanto para outros vírus respiratórios, além da adoção de medidas preventivas, como higienização constante das mãos, uso de máscara em locais fechados e atenção aos primeiros sintomas.

Com a previsão de intensificação dos casos nas próximas semanas, as autoridades de saúde em todo o país monitoram de perto a evolução do quadro, temendo que o aumento das hospitalizações pressione ainda mais o sistema de saúde, que já convive com outros desafios estruturais.