União dos Palmares

Como foi a audiência pública do MP sobre o acidente na Serra da Barriga?

Audiência pública realizada pelo MP em União dos Palmares ouviu familiares das vítimas do acidente na Serra da Barriga

Atualizado 1 semana atrás
Ônibus de acidente na Serra da Barriga | @ Reprodução
Ônibus de acidente na Serra da Barriga | @ Reprodução

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) realizou nesta quarta-feira (4), no auditório da Prefeitura de União dos Palmares, uma audiência pública com familiares das vítimas do trágico acidente de ônibus ocorrido na Serra da Barriga, em novembro de 2024. A reunião foi conduzida pela promotora Jheise Gama, titular da 2ª Promotoria de Justiça do município, com foco em prestar esclarecimentos jurídicos, garantir direitos e ouvir relatos dos atingidos.

O acidente, registrado em 24 de novembro de 2024, deixou 20 mortos e 28 feridos, e foi um dos episódios mais graves já ocorridos na região. Desde então, vítimas e familiares têm cobrado mais apoio do poder público — que, segundo depoimentos apresentados durante a audiência, tem sido insuficiente.

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A promotora ressaltou que todos os atingidos, inclusive servidores comissionados da Prefeitura, têm direito de ingressar com ações judiciais sem medo de retaliações. “Caso ocorra algum tipo de perseguição, o MP atuará para garantir os direitos de cada cidadão. O direito de petição é constitucional e inalienável”, frisou.

Além da falta de e psicológico contínuo, foram relatadas dificuldades no o a medicamentos, cestas básicas e auxílio financeiro. Familiares disseram que só receberam alimentos em dezembro, mais de um mês após a tragédia, e que arcaram com despesas médicas por conta própria.

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Durante o encontro, Jheise Gama revelou que, desde março, o MPAL moveu ação contra o Estado de Alagoas e o Município de União dos Palmares, cobrando a retirada do ônibus do local do acidente — procedimento essencial para a realização de perícia. O município conseguiu um prazo de 30 dias para contratar uma empresa, que já estaria providenciando os equipamentos para a remoção. O Estado, por sua vez, permanece inerte e está sendo multado diariamente em R$ 5 mil, conforme decisão judicial.

O procurador-geral do município, Alan Belarmino, confirmou que a empresa responsável pela retirada do veículo está providenciando um cabo especial, e que a operação deverá ser concluída até 21 de junho.

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Sobre o pagamento de indenizações, nenhum acordo foi fechado durante a audiência, e as tratativas seguem na Justiça. A promotora encerrou a reunião destacando a importância de ouvir diretamente as vítimas: “Foi essencial para que pudessem expressar suas dores, carências e expectativas. O MP está à disposição para garantir que seus direitos não sejam ignorados.”